quarta-feira, 28 de maio de 2008

Reciclando iéias

Afora as preocupações com meio ambiente, não são raras as vezes que me vejo buscando alternativas para reaproveitar objetos. Hoje, ao pensar nas possiblidades de uso das embalagens de vidro, me lembrei da minha bisa -Leontine. Ela guardava tudo, que acreditava que um dia poderia precisar. Eram caixinhas de latas cheias de surpresas...
E me pego pensando na minha infância... onde cresci andando de bike na rua, subindo em muro, caindo de árvore e pegando chuva. A única embalagem descartável que me lembro era o Yakult, que era vendido em casa. Aqui em Curitiba, os caminhões da Cini levavam a Gasosa em casa... embora refri, não fosse tomado como hoje. A gente tomava chá mate feito em casa e batido no lique com limão, mamãe fazia bolo em casa (ainda que não fosse frequente). Achocolatados não vinham prontos, mas não me lembro que perder o sono para preparar o Toddy ou Nescau. Eu, diante das limitações impostas pelo meu contexto, aprendi a cozinhar na adolescência (mais por ser glutona do que que por imposição) e fazia arroz soltinho (coisa que desaprendi), mas aprendi a fazer pão integral. Se não havia o que comer, preparava algo bacaninha... não corria para o super para a seção de congelados. Tudo bem, a única coisa congelada era uma caixinha de peixe e acho que havia hamburguer...
Enfim, ando preocupada com o planeta, sim! Mas o que mas me inquiera é a incapacidade dos mais jovens em re-inventar o cotidiano. Pode ser que a bisa Leontine nos ensinasse a reaproveitar estas embalagens pets e a nossa imaginação.

Bibliografia(s)

  • BOTTO, A. Arquitetura de Felicidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
  • BOTTON, A. Nos minimos detalhes. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

Alguns títulos que que me fizeram pensar...

  • http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf