A Laurinha tem um blog -super massa, como dizem minhas crias. E numa consulta informal, acerca dos livros, ela passou umas dicas super legais, acessíveis e criativas. Depois de ler o post que ela, delicadamente respondeu (e com uma rapidez -invejável), me lembrei de um que não sai da minha cabeceira: "Biblioteca à noite" do Alberto Manguel que foi publicado pela companhia das letras em 2006. Eu, particularmente, entrego-me aos seus texto. Logo no início o autor, traduz uma sensação que experimentei, desde sempre:
"As bibliotecas -as minhas ou aquelas que compartilhei com um público mais amplo de leitores- sempre me pareceram lugares agradavelmente insensatos, e, até onde consigo lembrar, sempre me seduziu a lógica labiríntica pela qual a razão (não a arte) parecia imperar sobre um conjunto cacôfonico de livros. Sinto um prazer aventuresco em me perder entre as estantes carregadas, confiando superticiosamente que alguma hierarquia de letras e números, há de me conduzir, um dia, ao destino prometido".
Eu não tenho uma biblioteca, ainda... mas na minha casa tem um "conjunto cacôfonico de livros". Embora eu tenha muito ciùmes -de todos os livros e sinta um nó nas entranhas quando os perco de vista- empresto-os (confesso que é muito raro). Para mim, cada livro tem uma história (assim como as minhas tatuagens) e deixei de comprar sapatos (que amo); fazer viagens (que sonho) e recauchutar o saphe (se tivesse coragem de levantar o seio e eliminar a panceta com um lipo).... blá...blá . Isto porque priorizei as viagens mentais, ainda que nem sempre sejam saudáveis.
Bem, depois que descobri a física quântica fiquei mais aliviada em saber que o caos é o princípio da ordem.