terça-feira, 6 de setembro de 2016

Já faz muito tempo que não escrevo aqui... um (quase) diário esquecido numa caixa (totalmente escondida) no fundo do armário, que encontrei depois de uma vida. Tanta coisa aconteceu que nem me dei conta que "escrevinhava" sempre. E cá estou eu para re-elaborar minha maternidade na maturidade. Acho que já disse alhures que fui mãe aos 22 , aos 27 e aos 28 anos. Não era tão menina, mas imatura o suficiente para achar que criar filhas para o mundo seria uma obrigação moral/científica e política (sim, uma sociologia da vida familiar). O mundo gira... a caravana passa... os cães ladram... as crianças crescem e chegou o dia em que percebi que sou mais tempo mãe do não mãe. E sendo tanto e tao mãe me dei conta que não sei lidar tão bem com a independência de minhas crias, que já nem são minhas... Cada uma, do seu jeito, foi construindo uma história... fazendo escolhas e traçando caminhos, mas e daí chegou o dia em que caçula decide construir seu ninho... sair voando (e rápido) para outros mundo. Racionalmente (sentada à mesa da copa as 02h27m não é nada racional, não é?)  construo o discurso do empoderamento e tals... mas na vida real estou muito... muito desmontada. Um falta, que nem é real, mas que cresce pela sua possibilidade.

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Bibliografia(s)

  • BOTTO, A. Arquitetura de Felicidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
  • BOTTON, A. Nos minimos detalhes. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

Alguns títulos que que me fizeram pensar...

  • http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf