Ontem, li o livro de André Gorz. Confesso que fiquei entre o encantamento e a esperança. Um daqueles textos, que é marcado por uma intensidade, e mexe às visceras. A casa não era o mais importante nesta história de amor, mas revala-se fundamental na concretização do projeto comum... O viver num determinado local, remete às sociabilidades possíveis e também onde re-criamos-continuamente. Num determinado momento ele diz: "Até então, havíamos vivido na pobreza, mas não na feiúra. Descobrimos que se é mais pobre na Rue de Santi- Maur do que em Saint-Germain-des-Prés, mesmo ganhando mais." Ou ainda, quando diz que depois da visita a Harvard, influenciado por Illich que "legitimava nossa necessidade de expandir nosso espaço de autonomia, não de pensá-lo com necessidade privada. Provavelmente ele desempenhou um papel no nosso projeto de construir uma casa de verdade". (GORZ, 2008)
